O mundo ‘lá fora’ e o mundo ‘aqui dentro’ é o mesmo, isto é, um reflete o outro. O que o mundo é, depende de quem o vê e como vive nele.
A maneira de inserir a Cooperação no cotidiano é VIVENDO em nós mesmos o resgate desses valores e a transformação da nossa visão-e-ação no mundo.
Podemos inserir no dia-a-dia pequenas, simples e poderosas mudanças. Partindo do mais próximo – EU – para o mais distante – NÓS – estaremos fazendo a parte que nos cabe neste grande JOGO-VIDA.” (BROTTO, 1999)
O uso de jogos com a finalidade de desenvolvimento da cultura da cooperação, de maior sinergia grupal, de melhoria nos relacionamentos, de resolução de conflitos ou aumento da visão sistêmica só faz sentido se, ao final, os participantes tiverem efetivamente aprendido o suficiente para alterar seu comportamento e visão do mundo. Como nos lembra Lao-Tsé “Saber e não fazer ainda é não saber”.
A aprendizagem vivencial acontece quando o participante se envolve no Jogo, toma consciência do seu andamento e do conteúdo revelado, o analisa criticamente, extrai algum tipo de aprendizado e aplica seus resultados na vida prática. Vivemos este processo de aprendizado indutivo a todo momento em nosso dia-a-dia. Quando o/a focalizador/a consegue fazer com que os/as participantes também vivam isto durante o jogo, ele/ela está aplicando o Ciclo de Aprendizagem Vivencial.
No jogo cooperativo, aprende-se a considerar o outro que joga como um parceiro, um solidário, e não mais como o temível adversário. A pessoa quando joga aprende a se colocar no lugar do outro, priorizando sempre os interesses coletivos.
São jogos para unir pessoas, e reforçar a confiança em si mesmo e nos outros que jogam. As pessoas podem participar autenticamente, pois ganhar ou perder são apenas referências para um continuo aperfeiçoamento pessoal e coletivo.
Os jogos cooperativos resultam numa vontade de continuar jogando, e aceitar todos como são verdadeiramente, pois as pessoas estão mais livres para se divertir.
Jogar cooperativamente é re-aprender a conviver consigo mesmo e com as outras pessoas.” (SOLER, 2008)
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